quinta-feira, 14 de março de 2013
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Bairro da Liberdade de Salvador
O
bairro da Liberdade é o bairro mais populoso de Salvador. Teve sua origem
quando na antiga Estrada das Boiadas, onde era passagem de bois que vinham do
sertão para ser comercializados na antiga feira de Capuame, até que em 1823
passou por ali o exercito libertador e então foi chamado de Liberdade. O bairro
representativo da cultura negra e foi considerado pelo Ministério da Cultura
como território nacional de cultura afro- brasileira. Após a abolição da
escravatura os negros libertos e ex-escravos povoaram o local.
O
bairro possui carnaval que começou com a batucada e afoxés, que era formado por
homens que iam de casa em casa cantando fantasiados. O primeiro bloco foi A Viuvinha,
posteriormente novos blocos surgiram. O bairro possui também igrejas, rádio,
jornal, praças (Praça Nelson Mandela, Largo da Central, Largo do Tanque). O
bairro possui um plano Inclinado como transporte local, este liga o bairro da
Liberdade ao bairro da Calçada, foi inaugurado em 13 de março de 1981. Antes da
existência do plano Inclinado existia uma ladeira no local chamada de “Ladeira
do Inferno” com a qual as pessoas usavam para chegar a Calçada. De segunda a
sexta, muitas pessoas utilizam- o como transporte. O bairro já teve um cinema
(Cine Brasil) que teve momentos de glória até 1979, quando teve uma crise no
cinema baiano e então foi fechado na década de 70. Após mobilização da
população e apoio da rádio Comunitária Serviço de som da Liberdade e do diretor
do Colégio Caxiense o espaço atualmente é usado como espaço cultural de
utilidade pública.
Este
texto é útil para a visão dos profissionais de saúde que trabalhem no local e
prestem assistência a estas pessoas, pois o ser humano é o que ele construiu de
identidade, personalidade. E sendo a Saúde não só a ausência de doença e,
portanto possui fatores determinantes como: moradia, condições sócio
econômicas, com a qual pode interferir no processo saúde doença. Desta forma a
pessoa deixa de ser vista como um portador de doença e passa a ser olhada como
um produto do meio em que vive. Assim como poderemos atender os usuários do
serviço de saúde do bairro da Liberdade sem levar em conta todo seu processo
histórico e cultural. Os descendentes das pessoas que moram ali em sua maioria
são ex-escravos, são negros, e, portanto possui toda uma discriminação, toda
uma marginalização por parte da sociedade para com eles. Mas sim e o que isso
tem a ver com saúde? Tem que esta população de negros em sua maioria teve
acesso à informação tardiamente, teve acesso a saúde tardiamente, teve acesso a
educação tardiamente o que influi em muitas coisas principalmente pelo fato de
que informação também é saúde. Como fazer o autocuidado se é desconhecido como
se faz? Como me prevenir de doenças e agravos se desconheço a prevenção?
Portanto ao assistir um usuário do bairro da Liberdade vamos enxergar nele toda
a sua história de vida. Fugindo do campo cultural e social e indo para o campo
da saúde propriamente dito, lembremos que a raça negra possui fator de risco
para a anemia falciforme e hipertensão arterial. Portanto independente de cor,
raça, cultura vamos ter o olhar não só de enxergar o que as pessoas têm e sim o
que elas são.
Autora: Thais Ribeiro
PET – saúde
O
Programa de educação pelo trabalho da saúde (PET-saúde) é um programa do
ministério da saúde, criado em 2010 e tem como fio condutor a integração:
ensino – comunidade – serviço.
Uma
das ações intersetoriais direcionadas para o fortalecimento das áreas
estratégicas para o sistema único de saúde de acordo com seus princípios e
necessidades, o programa tem com pressuposto a educação pelo trabalho e
disponibiliza bolsas para tutores, preceptores (profissionais dos serviços) e
estudantes de graduações da área de saúde. Equipe de estagiários
multidisciplinar, sendo uma das estratégias de programa nacional de
reorientação da formação profissional em saúde, o pró-saúde em realização no
país desde 2005.
Esse
PET-saúde será desenvolvido no terceiro centro de saúde da Liberdade, bairro de
Salvador, com duração de um ano por professores coordenadores da faculdade de
farmácia, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), preceptores de várias
formações em saúde (servidores que contemplam várias especialidades), bem como
estagiários estudantes de curso de graduação da UFBA dos cursos de enfermagem,
nutrição, medicina, serviço social, psicologia e fonoaudiologia.
Nesse
mérito o PET-Saúde Liberdade, vem contribuir com as estratégias de uma equipe
multidisciplinar que tem como objetivo construir e pôr em prática os saberes de
cada área de atuação, diminuindo a distância da comunidade com os profissionais
de saúde.
O
programa em si perpassa pela questão da necessidade de nova formação em saúde,
do processo de humanização da saúde que é muito discutido pelas universidades
que vislumbraram a importância de se repensar a saúde, criando disciplinas que
desenvolvam e permitam construir uma consciência do papel de cada um na
sociedade, ampliando a visão sobre a saúde pública de maneira que os futuros
profissionais de saúde, que hoje são estudantes desenvolvam suas
potencialidades, construindo e compartilhando conhecimento numa perspectiva
horizontal, tornando-os atuantes e participativos no controle social.
Autora: Livia Matos
Programa de combate a tuberculose no terceiro centro de saúde da liberdade (referência em tratamento) em salvador.
Os pacientes que chegam ao terceiro
centro de saúde da liberdade têm um atendimento diferenciado, haja vista que o
mesmo atende não só os usuários do bairro, mas também pacientes adjacentes de distrito
ali próximo. Geralmente os pacientes chegam encaminhados pelo hospital Otávio Mangabeira
ou por demanda espontânea e/ou encaminhados de outras instituições de saúde, o
hospital Otávio Mangabeira trabalha em parceria com a unidade, com o internamento
de pacientes com outras e/ou também multirresistentes. A unidade realiza exames
dos mesmos para confirmação do diagnóstico. O paciente é atendido pelas médicas
lotadas na unidade, e encaminhados para a enfermagem para realização de exames
e procedimentos pertinentes.
Assim que o paciente passa pela triagem
no setor de enfermagem, seu retorno à unidade, é agendado na sua primeira
consulta pelas enfermeiras e logo após são encaminhados ao setor de farmácia, o
qual não faz apenas a distribuição dos medicamentos no tratamento de
tuberculose, mas realiza o aconselhamento, através de orientações sobre como
lidar com doença, a importância de utilizar de forma correta cada remédio e
conscientizar o paciente e seu cuidador.
O índice de pacientes que abandonam o
tratamento é muito pequeno, sendo que estes, que o fazem, são pacientes de
situação socioeconômica desfavorecida, e/ou dependentes químicos. Dessa forma
se houver abandono, a enfermagem, a assistência social e o setor de farmácia
fazem a buscativa desses, dando algum suporte com distribuição de alguns tickets
alimentação e cestas básicas. É importante frisar a parceria com o SEMAE,
serviço de atendimento especializado que atende pacientes soropositivos, com
DST, hepatites entre outros, realizando o teste para HIV solicitados por
médicos da unidade aos pacientes que ali são atendidos, em virtude de haver uma
relação direta com a doença.
O terceiro centro pretende aumentar
sua oferta de atendimento, devido ao sucesso do programa, no qual irá atender
pacientes de outros distritos dos quais a liberdade não fazia cobertura. A
tuberculose é uma doença contagiosa que é transmitida pelo contado direto com o
paciente, por isso a importância de se manter uma distância considerável do
paciente e a utilização de máscaras durante o atendimento aos que ainda não
estão negativados. Entretanto a tuberculose é estigmatizada pelo senso comum, é
importante saber que a doença tem cura, se for feito o tratamento de forma
correta, não é preciso evitar as pessoas com tuberculose, é preciso enxergar
que elas precisam de assistência e que o tratamento é gratuito.
Autora: Lívia Matos
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
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